sábado, 19 de junho de 2021

#Crítica 1 - Sora Yori Mo Tooi Basho


  Olá, caros leitores! Quanto tempo, não?

   Estive sumido alguns dias, mas essa semana estou voltando com esses maravilhosos posts sobre animes. Durante de minhas pesquisas da faculdade me deparei com um tema muito interessante, que é a crítica cinematográfica. Apesar de não ser um grande entusiasta em ler críticas eu tenho acompanhado alguns supostos críticos no YouTube e nas redes sociais. Apesar de eu não ter 100% de certeza para poder afirmar que eles são críticos com formação nessa área, percebi que alguns deles são bem dedicados e empenhados em mostrar seus pontos de vistas, opiniões e visões críticas das obras em questão. Entre esses canais, posso citar alguns deles como o ENTREPLANOS, Ph Santos, Dalenogare, Super 8, Artur Tuoto entre outros.

   Pronto, com isso irei "arranhar" a minha primeira crítica, espero que gostem :) .


Sora Yori Mo Tooi Basho (2018)  - A representação da liberdade 

    Sora Yori Mo Tooi Basho acompanha a jornada de quatro garotas do ensino médio, cada uma com uma personalidade bem particular. Elas estão indo em uma jornada para a Antártida, em busca de uma liberdade. A figura da liberdade neste anime é viva, e muitas vezes tocante, no sentido de querer propor uma experiência bela e dramática.



   A direção do anime quase o tempo todo todo se utiliza de elementos e figuras para causar emoções de felicidade, tais como discursos motivadores ou frases soltas de algumas personagens que as encorajam durante sua jornada. As dificuldades são o tempo todo representadas nos espaços fechados, como o quarto bagunçado da personagem Mari, que no inicio da obra diz muito à respeito disso. Assim como essa atmosfera representa essa prisão, algo que remete muito a filmes asiáticos ou outros animes que flertam com a ideia de pressão social (Erased, Perfect Blue, Evangelion, entre outros). Ela arruma o quarto no fim do episódio quando já estabelece o seu objetivo é fruto dessa libertação. O fato da protagonista principal fazer uma espécie de lago fechado de areia com seu barquinho de folhas durante a infância e simplesmente despejar a água para então o barquinho sair, diz respeito a esse desejo por liberdade que conversa com essa sensação de estar preso na vida escolar. 


   Outros elementos que conversam muito com essa ideia de querer se sentir liberto está na figura da Yuzuki Shiraishi, que é uma garota rica que não entende o que seria uma amizade sincera. E logo que ela se depara com o grupo que está indo para a Antártida e se libertando, mais uma vez vemos esse elemento fechado, pois a Yuzuki se prende em um quarto e durante um sonho ela simplesmente é convidada para a aventura saindo pela janela.

   O Tempo todo em diversos episódios a obra tenta propor essa experiência libertadora, outro elemento que reforça isso é a presença da mãe das duas protagonistas principais. A mãe da Tamaki Mari em quase toda a obra é representada dentro da casa, já a mãe da Kubuchizawa Shiraishi, é sempre representada como alguém que viajou, que se libertou, e foi em um "Lugar além do Universo". E apesar da figura da morte dela poder passar a sensação de que a liberdade também é perigosa, o tempo todo ela é vista como heroína, já a mãe da Mari é mostrada como mais recatada, controladora, e as vezes brigona (e com razão).

   A forma como a Mise-en-cene ("encenação", luz, posição das câmeras, cenários, objetos, falas e expressões dos atores) é bem tratada em momentos chaves e principalmente em momentos de contemplação, sempre reforçando a sensação de liberdade, outras situacoes que evudenciam isso são, as protagonistas em determinado momento tentando it convencer os adultos a irem junto delas nessa jornada, mas elas fogem e correm, e nesse curto espaço de tempo, nesse momento que parece ser bobo a protagonista diz: "Sinto que a minha juventude está se movendo" e ao mesmo tempo na trilha sonora toca nesse a musica Sora wo miageru de Saya que retrata a historia do anime, a jornada e as dificuldades. 


Os cenários de horizontes, tanto da Antártida quanto do Japão, são sempre distantes e brilhosos; os discursos são sempre motivadores; a conclusão de um pequeno objetivo é motivo para gritar e desabafar. Todos esses elementos reforçam a ideia de que este anime é nada mais do que uma grande busca e um grito pela liberdade: se libertar da rotina escolar, das amizades ruins, de um trauma do passado, e por fim se libertar de si mesmas. A forma como ele trata esses momentos chaves com grandioso propõem uma experiência dramática e emocionante.


Alguns detalhes sobre meus métodos para fazer a crítica.

Me matriculei esse semestre em diversas disciplinas que abordam a critica e me surgiu a ideia de tentar "arranhar" uma crítica sobre algum anime. (Claro já avisando que não sou crítico, mas apenas um mero estudante universitário que leu um pouco sobre o assunto.) Espero que gostem, e comentem caso tenha ideias ou sugestões sobre o assunto. Ok,a ideia da minha crítica foi através de buscar entender como fazer uma e quais os seus elementos. De todos esses canais que acompanho, o do Arthur Tuoto é o mais próximo do que acredito que seja expressar como é uma crítica de cinema.

   Então, baseado nos seguintes vídeos:

 link

 link

 link irei estabelecer o que é uma crítica cinematográfica.

   A crítica não é explicar uma obra, ela pode até tentar propor uma interpretação, mas deve entender que aquilo não é uma verdade absoluta. A critica é entender a cosmologia, propor uma ideia sobre ela, e apresentar uma reflexão, muitas vezes articulando uma ideia que até o próprio diretor nem tenha pensado. Deve-se ter princípios próprios: não seguir uma cartilha que dita que o filme é bom justamente porque tem uma fotografia bonita, ou um roteiro bem escrito e sem furos, mas tentar entender de maneira particular a relação da obra com a linguagem cinematográfica. E também, explicar como a mídia te impactou, de que forma, e quais elementos foram utilizados.


No mais é isso espero que tenham gostado da reflexão sobre a obra, e é isso até a proxima.

Demorou mais saiu.

Foi mau galerinha


Texto por: Wesllei

Revisado pela: Fernanda (Super Nandão) 










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